Ano: 2019
Mês: Fevereiro
Bem-Vindos à Ásia!
Durante os próximos 7 dias o movimento, o calor, a confusão visual dos cabos de eletricidade, o encanto e até mesmo a tristeza irão tomar conta dos vossos sentidos. Se estão a começar a vossa leitura por este Post, partilho desde já que a nossa aventura começou no país vizinho, Vietname. Podem clicar aqui para perceber qual o Roteiro dos nossos 15 Dias até à entrada no Camboja.
Explico desde já a questão da tristeza: A situação no Camboja nos anos 70 foi muito complicada, e só partir do ano 2000 é que o turismo se tornou, de facto, uma realidade neste país. Para um rápido entendimento do que por lá se passou, o país enfrentou uma Guerra Civil após um Golpe Militar. Como o novo Governo exigiu que os comunistas Vietnamitas deixassem o Camboja, o Khmer Rouge (ou Khmer Vermelho), liderado pelos comunistas Cambojanos, ganhou apoio popular e tomou, em 1975, a Capital Phom Penh – liderado pelo Pol Pot. Em apenas 4 anos este regime exterminou mais de 3 milhões de Cambojanos. Uma triste fatalidade na História de Humanidade que aconteceu há pouco tempo e que infelizmente muitos de nós pouco, ou nada, ouviram falar.
Na Capital, Phnom Penh, é possível visitar alguns locais que se tornaram um marco na História do Camboja, e é importante – ainda que pesado – dedicar algum tempo a visitá-los e ouvir o áudio-guia que explica a História do País e partilha algumas histórias de vida. Poderá encontrar os locais visitados em Phnom Penh neste Post.
Vistos: Após a experiência do Vietname decidimos não arriscar e comprar logo o visto através do e-visa. O visto foi enviado para o e-mail - pouco tempo depois -, e só tivemos de imprimir o documento enviado, para poder apresentá-lo na fronteira. O custo é de 32,5€
Quando ir: A melhor época para visitar o país é entre os meses de Novembro e Fevereiro, pois são os meses secos. Porém, é durante a estação chuvosa que os Templos de Angkor ficam com lagos que tornam todo o ambiente muito mais dramático e fotogénico.
Transportes: Não terá dificuldades em deslocar-se dentro deste país. A circulação entre cidades pode ser realizada através de autocarros e dentro das grandes cidades a deslocação é feita sobretudo recorrendo aos Tuk-Tuks. Dentro do complexo de Angkor Wat (em Siem Reap) é possível circular de bicicleta – mas não se esqueça de atender às temperaturas e à distância que é necessário percorrer - ou de Tuk-Tuk – previamente programado / arranjado a partir do hotel onde se encontra hospedado.
Alimentação: Tinha lido em alguns Blogs que cerca de 50% dos turistas no Camboja apanham uma intoxicação alimentar. Confesso que não sei que estatística é esta e qual a sua veracidade, mas…não me parece descabida. Como éramos apenas dois o meu primeiro pensamento foi: “Hmmm…Qual de nós será?” Mas acabou por correr tudo bem! Apesar de não termos tido nenhuma precaução extra existem instruções mentais que o nosso cérebro envia de forma constante, como:
"Não bebas água corrente, apenas depois de fervida" – Quase todos os quartos têm uma chaleira e todos os dias é colocada uma garrafa de água, por pessoa, de forma a saciar esta necessidade básica.
"Evita lavar os dentes com água corrente" – Lavar apenas com água engarrafada ou apenas com a pasta, a boca fica um pouco seca é um facto mas logo de seguida damos um gole na água e tudo passa.
"Faz um esforço para não pedir bebidas com gelo" – Simples, com calor uma cerveja caia sempre bem!
"Evita comer saladas, pois o mais provável é os alimentos terem sido lavados com água corrente" – Não é assim tão difícil, até porque os pratos com noodles continuam a fazer parte da dieta alimentar.
"Evita comer as comidas de rua" – Pois…Ora aqui está um problema. Logo na primeira noite decidimos ir até ao Night Market e experimentar…(?) Não sabemos bem o quê. Verdade seja dita, o ambiente e o preço são bastante apelativos, é difícil dizer “Não” a street food no camboja.
Alojamento: Horas antes de apanharmos o autocarro em direção ao Camboja recebi um email a dizer que o quarto que tinha reservado através do booking estava ocupado. Aparentemente houve um erro: “Hm hm, chamam-lhe erro! Eles são ratos, mas eu também conheço a expressão "Puxar da Nota". Sem qualquer problema, desde que não fosse obrigada pagar pelas noites que não usufrui. Por esse motivo ainda antes da viagem conseguimos reservar um quarto perto do sítio inicialmente escolhido e com preço semelhante, frisando ao Hotel inicial que não iria cancelar as minhas noites - pois se o fizesse seria obrigada a pagar a totalidade da estadia. Na outra cidade (Siem Reap) achámos por bem ficar próximos da entrada de Angkor Wat, mas se quiser animação e movimento aconselho a ficar no Centro da Cidade. Na realidade os serviços e restauração encontram-se todos nessa zona, e não ganha assim tanto em ficar próximo da entrada de Angkor Wat – a menos que já esteja a viajar há algum tempo e queira estar um pouco mais isolado / sossegado.
O nosso Roteiro foi o seguinte:
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