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Este foi um dos lugares que mais que encantou na Namíbia. Sei que já o disse algumas vezes, mas torno a dizê-lo: Este País ganha pelas diferentes paisagens que vamos cruzando ao longo da nossa jornada, e Spitzkoppe contribui para tal.
Existem muitas imagens na internet sobre este lugar, mas a realidade é que se você acha as fotografias fantásticas, espere até lá chegar! Este sítio é muito mais do que montanhas com picos de granito. É muito mais do que uma imagem de postal… é um local que transmite serenidade...Onde conseguimos sentir o cheiro do calor e da areia molhada.
Assim que entrámos no parque foi-nos dado um mapa com a área do mesmo, e explicado que poderíamos escolher um dos 21 alvéolos existentes. Cada alvéolo tinha uma casa pequenina onde se encontrava uma latrina e montes de espaço. Não tínhamos ninguém num raio de 2km – estou a atirar este número ao ar, se calhar até era mais! Primeiramente, demos uma volta de carro para percebermos onde iriamos pernoitar, e assim que o lugar ficou escolhido demos corda aos sapatos para assistir ao Pôr-do-Sol ao pé do Arco. Confesso que eu queria muito chegar ao Arco, mas sentia-me tão bem a apreciar todas aquelas montanhas, que foi ligeiramente complicado chegar até lá. Porém, assim que cheguei fiquei maravilhada. Avistar o Pôr-do-Sol naquele local não tem descrição possível, por isso deixo-vos uma fotografia.
Permanecemos no local até não existir qualquer raio de sol, e de seguida dirigimo-nos para o acampamento. Este parque não tem qualquer ponto de luz, por isso é importante ficarmos próximo do local onde iremos acampar. Ainda que o parque tenha uma cerca, sabe-se que os animais conseguem passá-la, e no meio daquela imensidão sentimo-nos pequeninos.
Aqui, poderão observar um dos céus mais estrelados… Nós não tívemos tanta sorte devido à fase da lua. Ao longo da viagem apanhámos o nascer da lua muito cedo e em fase de crescimento, tanto que na noite seguinte - noite no Etosha - vimos a lua cheia e verdadeiramente próxima. Apesar de este não ter sido uma boa noite para a observação das estrelas, posso adiantar que no decorrer desta viagem tive a oportunidade de observar um dos céus mais estrelados que alguma vez vi! O lado bom de estar Lua Cheia prende-se com o facto de a mesma iluminar as coisas à nossa volta - o que neste camping até acabou por ser uma vantagem.
Assim que entrámos para a tenda começámos a ouvir uns sons semelhantes aos de um fecho a correr – “Estás a ouvir isto? Parece que alguém está a tentar abrir a nossa tenda.” Dizia eu. Para tornar a situação mais dramática, ouvíamos passos. Na altura pareceu-nos uma boa ideia tentar perceber o que poderia ser, e fazer com que “essa pessoa” ou “esse animal” percebesse que nós estávamos ali e estávamos a dar conta de tudo! Claro que isto não foi a opção mais inteligente, pois poderia realmente ser algum animal e teria sido mais lógico fazer uma avaliação a partir da tenda, mas a realidade é que só nos ocorria a ideia de que fosse uma pessoa e nós tínhamos todos os nossos bens dentro do veículo. Seja como for, o Alexandre não encontrou nada, o mais provável é que tenha sido um pássaro. O caricato desta situação é que coincidiu com o dia da primeira toma do Malarone, um anti malárico. Escusado será dizer que a partir deste dia foram feitas imensas piadas em torno do Malarone e do seu poder de fazer qualquer um alucinar.
No dia seguinte fomos ver pinturas rupestres. Assim que chegámos a um dos locais assinalados no mapa, com tendo pinturas rupestres, encontrámos um guia preparadíssimo para nos fazer uma Tour – entre 30 a 40 minutos.
Para os mais corajosos, é possível subir até ao topo de algumas montanhas, através de umas escadas embutidas na rocha. Para percursos mais longos, que incluam escalada deverá contactar a Namibia Mountain Club (www.mcnam.org).
Antes de entrarmos no Etosha National Park decidimos fazer uma paragem em Twyfelfountein e The Living Museum of the Damara.
Dormida | Spitzkoppe Campsite
Custo | 21,5€ com entrada no parque incluída
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