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O que vos posso dizer sobre a faixa de Caprivi?
Apesar do trajeto ser longo, vale muito a pena a deslocação até este cantinho da Namíbia. Saindo do Etosha, ficámos uma noite em Rundu – uma cidade que passando o rio estamos em território Angolano. No caminho até Rundu, irá passar, inevitavelmente, por um posto de controlo que faz a fiscalização de carnes e gado. Logo após este Posto de Controlo, o cenário de fundo muda completamente: deparamo-nos com movimentação de pessoas pelas estradas, adultos e crianças transportam, em cima das suas cabeças, garrafões com água; casas pequeninas feitas de palhota tomam conta dos caminhos à beira da estrada.
A paisagem muda. O tom amarelado é substituído pelo verde proveniente de charcos e do Rio que vem do País vizinho. Uma região que não conta com tantos turistas quanto a Zona Central, mas que merece a nossa atenção.
Já em Ngepi Camp. O local onde pernoitámos, despertou-me uma mistura de sentimentos: O ambiente que nos rodeava deixou-me relaxada, mas por vezes provocou-me picos de adrenalina – No decorrer deste Episódio irão conseguir perceber o porquê.
2km antes de entrarmos no Camping encontrámos uma placa com a indicação de um caminho para veículos 4x2 e outra para 4x4. Óbvio, que mesmo tendo um 4x4 queríamos chegar pela estrada mais acessível, mas erradamente escolhemos a de 4x4 e apanhamos um SUV sem tração às 4 rodas preso na areia. Depois de fazermos o Check-in decidimos ir para perto do rio, enquanto aguardávamos o nosso passeio no Mokoro (um barquinho tradicional, semelhante a uma canoa, que antigamente era feito de madeira).
Passeio no Mokoro. Este Barco leva 2 pessoas sentadas e uma terceira que vai remando com auxílio de uma pá. Enquanto preparava a viagem, achei que o passeio num barco tradicional, poderia ser uma atividade interessante para contemplar o ambiente e quem sabe ver alguns animais, à distância. Só que…não! Não havia qualquer necessidade de nos metermos dentro de uma canoa, se a nossa intenção era apenas a de contemplar. Porém, se a intenção for ter um pico de adrenalina…aí sim, ainda que seja apenas uma canoa, acho que esta é a atividade indicada para si. Isto porque: Indo ao Deck do Camping, conseguíamos avistar, sem qualquer problema, os hipopótamos que se encontravam no Rio. Não precisávamos de estar dentro de água para vê-los. Foi neste momento que pensei: “Não és assim tão corajosa…”
Depois de alguma fita e alguns batimentos cardíacos bem mais acelerados, o Alexandre lá me conseguiu convencer a entrar dentro do “barco”…e desta forma seguimos em direção aos hipopótamos. As fotografias deste momento não são muito interessantes, pois nas alturas cruciais eu não conseguia agarrar firmemente a máquina – por duas razões óbvias, agitação do rio e medo, afinal de contas os 50 metros de distância inicialmente previstos pelo guia reduziram rapidamente para os 20 ou 15 metros! Bom…seja como for, depois de termos passado duas vezes por um grupo de hipopótamos senti-me um pouco mais aliviada, na minha cabeça o perigo estava a ficar cada vez mais longe. Até que numa das margens do rio fomos surpreendidos com um hipopótamo que saltou na direção da primeira canoa. Correu tudo muito bem…o guia teve uma reação muito rápida e o Alexandre tirou uma fotografia fantástica deste momento. Aparentemente, o hipopótamo não ficou convencido com as nossas intenções e decidiu escoltar-nos debaixo de água por breves minutos - apenas conseguia ver as bolhas de ar. O resto do grupo estava na maior, acho que nem deram por nada. Eu como sou um pouco paranoica com estas situações fiquei super atenta e dei conta de tudo. Afinal de contas, quem não gosta de dramatizar ou alongar um pouco mais a sua história?!
Dormida | Ngepi Camp
Custo | 33.6€
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