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Antes de irmos para o Etosha, queríamos visitar Twyfelfountein e / ou Damara Living Museum, mas como os locais estavam prestes a encerrar, não tivemos outra opção senão seguir rumo ao camping. Pela primeira vez, no decorrer da viagem, não tínhamos horários a cumprir, locais a explorar ou quilómetros a acrescentar e ainda tínhamos algumas horas antes do pôr-do-sol: Que Loucura! Neste Camping tínhamos sossego; piscina; camas de rede; uma montanha que escondia no meio das suas rochas outra piscina; e uma casa de banho privativa onde era possível tomar banho voltado para a savana. Tínhamos tudo para um belo descanso! Até que chegou a noite e o momento de dormir transformou-se, mais uma vez, num episódio de privação de sono…
Não conseguimos dormir na tenda, e desta vez a culpada foi a trovoada. Parecia que estávamos no olho de um furacão. Tudo à nossa volta relampejava, somente a zona onde estávamos é que parecia ter sido esquecida, mas sabíamos que era uma questão de tempo ou sorte, e como não queríamos correr riscos, voltámos a dormir dentro do carro – recordo que já tínhamos dormido dentro do carro na noite em que apanhámos uma tempestade de areia. Ainda bem, porque passado pouco tempo começou a chover e penso que só tenha parado de madrugada.
Twyfeltountein, é considerado Património da Humanidade pela UNESCO, e conta com mais de 2000 desenhos esculpidos nas rochas. Existem 3 opções de visita guiada, que podem ser contratadas nos Lodges ou na receção do parque. No trajeto comum/habitual (que demora cerca de 1h), poderá ver diferentes animais esculpidos em rochas e mapas com indicação de poços de água permanentes e temporários. Com sorte, ou azar – depende da perspetiva e situação – poderá ver alguns dos muitos répteis que habitam nesta região.
Depois da visita a Twyfeltountein, e fazendo as contas por alto, tínhamos uma margem de 1h30 até à hora limite de entrada no portão do nosso camping no Etosha. Por esse motivo, decidimos visitar o Living Museum of Damara, que abriu em 2010 e foi o primeiro projeto tradicional de Damara. Assim que chegámos ao recinto foi-nos introduzida uma pessoa que foi a nossa guia e tradutora: os atores apenas falam em Damara language, que é à base de estalinhos. Existe a possibilidade de fazer 3 tipos de visitas: a tradicional; a da caça; a conjunta. Na tradicional, que foi a que escolhemos, conseguimos perceber quais os produtos utilizados para diferentes problemas de saúde; como eram feitos os acessórios de beleza; os jogos tradicionais; alguns instrumentos utilizados no dia-a-dia; dança típica. Este recinto não esconde que é uma recriação, tentando demonstrar não só aos seus visitantes como à geração mais recente, os costumes e tradições da população de Damara para que os mesmos não caiam em esquecimento. Percebemos que alguns dos atores têm algum conhecimento sobre o mundo, mas acredito que outros levem uma vida muito simples e parecida com a que retratam naquele espaço.
No próximo episódio irei falar-vos dos meus dias no Etosha
Dormida | Madisa Camp
Custo com wc privativo | 26.4€
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