Ano: 2020
Mês: Março
Este Episódio, é dedicado às questões práticas do Trekking dos Gorilas de Montanha. Por isso, para ler sobre a minha experiência (duração da caminhada e como correu o encontro com os Gorilas), clique aqui.
Antes de falarmos sobre a roupa, considere as seguintes informações: A temperatura média anual é de 11°C durante a manhã e 23°C durante a tarde. Em relação aos meses, destaco 3 épocas:
Janeiro e Fevereiro: Época baixa; menos pessoas; pode chover um pouco.
Março, Abril e Maio: chove de forma considerável durante estes meses; o trekking torna-se mais complicado devido ao piso escorregadio; a observação dos gorilas poderá ser mais complicada.
Junho, Julho e Agosto: Devido à quantidade de pessoas que visitam o parque nesta altura do ano, é importante comprar os Permits com atencedência. Não chove muito nesta altura do ano, por esse motivo o piso permanece mais seco, o que torna o trekking mais acessível e o avistamento dos Gorilas mais fácil.
Nota: Independentemente do mês, não se esqueça que estamos a falar de uma floresta densa, com alta probabilidade de precipitação. Por isso, não poupe no peso da sua mala, leve um impermeável!
O que levar para o trekking dos Gorilas de Montanha:
Casaco impermeável comprido (em alternativa calças e casaco curto impermeável: foi o que levei e acabei por não precisar, pois apanhámos um dia fantástico!;
Camisa de manga comprida, por causa da vegetação (e também por causa das formigas!);
Botas ou sapatos impermeáveis (Gore-Tex), de preferência com sola vibram: Os porters andam com galochas e saem-se muito bem;
1 ou 2 bastões para auxílio na caminhada. Caso se esqueça, eles têm para emprestar;
O trilho é feito, quase todo, a mais de 2.000metros de altitude. Por isso, os mosquitos não serão um problema, contudo, nada como prevenir. Poderá meter o repelente antes de entrar no parque;
Chapéu / lenço e protetor solar;
Luvas por causa das silvas / galhos;
Preço
Pagámos 600USD, mas em Julho de 2020 o preço sobe para os 700USD – no país vizinho, Ruanda, custa 1.500USD e na República Democrática do Congo 400USD. É caro, claro que sim. Especialmente se pensarmos que é “apenas por um dia”. Porém, não nós devemos esquecer: Estamos a pagar por uma experiência de uma vida; o parque vende 88 entradas, por dia, dividindo os grupos num máximo de 8 pessoas, para verem uma das 11 famílias; durante todo o trajeto, somos acompanhados por um Ranger que é da autoridade da vida animal do Uganda; este valor ajuda não só na proteção da espécie como também do ambiente; ajuda a pagar aos guias locais e Rangers que patrulham o parque diariamente. Em jeito de conclusão: 75% do dinheiro serve para a conservação da espécie; 15% vai para o Estado; 10% vai para a população local, que mora nas imediações do Parque.
Como funciona
Antes de iniciarmos o trekking, recebemos um pequeno briefing. É-nos dito que o percurso pode durar entre 2h a 5h – para encontrar os Gorilas – e depois temos de acrescentar o tempo de regresso, que por norma é sempre mais curto, devido aos atalhos. Independentemente de existirem turistas, os Trackers saem todos os dias à procura dos Gorilas. Desta forma, conseguem verificar as suas condições de saúde e protegê-los de possíveis caçadores, enquanto os ambientam à sua presença. Seguem-nos ao longo do dia, e quando começa a escurecer, os Trackers regressam à base. No dia seguinte, vão até ao último ponto onde os Gorilas foram avistados. Dá-se novamente a procura. E é desta forma que, nós turistas, conseguimos ser bem-sucedidos nesta experiência.
Porters
É possível contratamos alguém, para levar a nossa mochila, por 15USD. Se por um lado, queremos fazer tudo sozinhos, por outro queremos aproveitar não só o momento, como também o dia seguinte! Toda a experiência no Trekking dos Gorilas é incerta, e para quem leva às costas alguns kilos em equipamento fotográfico, deve balancear a sua decisão. Acabámos por aceitar. Sabíamos que eles estavam habituados àquela altitude e clima, mas não conseguia deixar de perguntar, em alguns momentos-chave, se o “meu Porter” queria que eu levasse a sua mochila – Parecia-me uma troca mais do que justa!
Uma pessoa que tenha dificuldades ao nível da mobilidade, também poderá participar. Por 300USD é possível fazer o percurso numa cadeira, que é transportada por diferentes Porters – 20 Porters para ser exata – que vão alternando entre si. No nosso grupo, ia uma senhora com algumas dificuldades, e por isso utilizou este serviço. Eu não disse que cada experiência é única?! Teve apenas de subir, para ir ao encontro da família de Gorilas. Mas de resto, a única coisa com a qual se teve de preocupar foi com: baixar a cabeça sempre que necessário e confiar nos Porters.
O Percurso, é feito em fila. Tanto no início como no fim encontra-se um Ranger armado. Como estamos numa floresta densa, é possível que se atravessem à nossa frente outros animais, como Elefantes da Floresta ou Gorilas que não estejam tão habituados a seres humanos. Sendo muitas vezes apanhados de surpresa, poderá ser necessário “afugentá-los” com um disparo para o ar.
Máquina fotográfica
A grande questão prendeu-se com: “Que lente levar”? Não sabia se deveria levar uma grande angular ou uma teleobjetiva. A ideia inicial era fotografar não só os Gorilas, mas também o ambiente. Depois da experiência com os Chimpanzés, percebi que é extremamente difícil fotografar através da vegetação. Sabia que a Floresta de Bwindi, poderia representar um desafio. Optei por levar a teleobjetiva, privilegiando a proximidade e detalhe. Porém, se tiverem alguma Tour para verem os Gorilas de Montanha em Ruanda, penso que poderá valer a pena uma grande angular ou uma lente com menos alcance: pelo que vi, o ambiente é mais “aberto” – vegetação menos densa.
Lente utilizada: 70mm – 300mm
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