Bem-vindos à Ilha de Bornéu.
Uma ilha selvagem, repleta de paisagens de cortar a respiração e de vida animal. A nossa viagem foi somente na zona malaia, e ao longo das várias publicações, poderás encontrar as diferentes informações acerca dos lugares que visitámos, e o que fizemos ao longo de 17 noites.
Antes de mais, a sua localização: A Ilha de Bornéu é a terceira maior do mundo, e o seu território é dividido entre a Malásia, Indonésia e Brunei
Viajar pela Ásia é fácil, mas muitas vezes a questão prende-se com: O que ver e como organizar? Porque a verdade é que existem lugares que acabam por ser menos acessíveis, ou têm determinadas condicionantes/exigências como: ir com um guia.
No caso do Bornéu, existe outra particularidade, a Vida Selvagem. Grande parte das pessoas que visita a Ilha de Bornéu, tem interesse em avistar determinados animais. Algo que nem sempre é fácil, especialmente se formos por "nossa própria conta", como quem diz, sem guia. As florestas são densas, as árvores são muito altas e os avistamentos podem ficar comprometidos se não tomarmos a decisões acertadas ou não soubermos reagir perante encontros inesperados. Neste ponto falo da ética, mas também da nossa própria proteção. Por todos estes motivo, alguns parques ou centros de pesquisa, fecham as suas portas ao final do dia, e a única forma de os visitarmos após esse horário é indo numa tour organizada. Alguns, têm também áreas restritas, e para lá entrarmos devemos estar acompanhados por pessoas experientes. Se neste momento estão a pensar: Mas gostava mesmo de fazer sozinho, e já tenho experiência. A minha resposta é: Com o tempo, irás perceber o porquê. E se o objetivo for avistar vida selvagem, irás ficar grato em ir com alguém experiente e conhecedor do local.
Como é que nós fizemos?
Fizemos um mix. Grande parte da nossa viagem foi realizada de forma independente, sendo que tivemos de contratualizar algumas excursões de meio dia, ou de dia completo, em alguns locais. Na zona do Rio Kinabatangan e Vale Danum recorremos a uma agência e fizemos essa parte do trajeto com eles (River Junkie). Porquê? A resposta é simples, esta tour oferecia a possibilidade de vários safaris (a pé e de barco), e se fossemos pagar separadamente todas essas atividades, a nossa viagem teria ficado mais cara. Acreditem, fizemos as contas. Claro que há sempre a possibilidade de irem para alguns hotéis e no próprio dia perguntarem se conhecem algum guia disponível, mas...não tínhamos assim tanta margem para dias em branco. Corríamos também o risco de não conseguir ficar alojados no Centro de Pesquisa do Vale Danum - algo que queria bastante. Nas próximas publicações poderás perceber exatamente quais as tours que fizemos.
Vistos: Não é exigido nenhum visto (pago) a portugueses, que queiram explorar a Malásia, por períodos inferiores a 90 dias. O passaporte deve ter validade mínima de 6 meses à data de entrada no país.
Quando ir: É uma questão interessante, porque não é linear. Encontramos muita informação na Internet. Em muitos sites e livros, referem não haver grande diferença na altura do ano em que viajamos, isto porque...a chuva é inevitável. Estamos num ambiente tropical, e quer seja ao início da manhã ou ao final do dia, iremos ter certamente dias chuvosos. Contudo, dados estatísticos têm demonstrado que o mês de Novembro, Fevereiro e Março, costumam ter uma probabilidade mais alta de chuva.
Transportes: A nossa deslocação entre cidades deu-se via área. O custo dos voos ronda os 30€ - 40€ por passageiro, e inclui a bagagem de mão e de porão e um aperitivo a bordo. Dentro das cidades, ficámos sempre mais ou menos centrais, mas quando foi necessário chamámos um GRAB (igual ao Uber em portugal).
Alimentação: Existem restaurantes com muito boa pinta e com preços que rondam os 2€ - 4€ por pessoa. Uma das especialidades no estado de Sarawak é o Laksa.
Alojamento: É muito fácil encontrar alojamento nas plataformas, mais conhecidas. Alguns parques, como o de Mulu também oferecem a possibilidade de pernoitar lá dentro. Para fazer essas marcações, devemos visitar o site do Parque em questão.
Saúde e Vacinas: A consulta do viajante é indispensável para esta viagem. No Bornéu existe a probabilidade de transmissão de Zika, Dengue e Malária (ainda que o risco não seja muito alto). Não existe nenhuma vacina obrigatória, mas discute com o teu médico na consulta do viajante as seguintes opções: Febre tifóide, Hepatite A e Hepatite B. Não te esqueças de fazer um seguro de saúde. Clicando aqui, terás um desconto de 5% na IATI.
Em relação à água: Apesar de se ler em alguns sítios na Internet que a água na ilha de Bornéu, lado malaio, é potável, a sua ingestão é desaconselhada. Na verdade, nem os próprios habitantes confiam, ao ponto de terem máquinas para filtrarem a água, e compram o gelo em fábricas.
Essenciais no Bornéu:
- Andar sempre com uma capa de chuva, bem como proteção para a mala/mochila
- Lanterna (pois escurece rapidamente)
- Repelente (devemos ter em conta que o suor irá fazer parte da nossa viagem ao Bornéu, por isso temos de meter repelente mais vezes do que o habitual)
- Protetor solar (com o suor a probabilidade de termos de meter protetor solar mais vezes ao dia é maior)
- Roupas largas e claras de forma a estarmos protegidos contra picadas de mosquitos
O nosso Itinerário:
3 Noites Kuching
3 Noites Parque Nacional Mulu
3 Noites Kota Kinabalu
1 Noite Sepilok
2 Noites Rio Kinabatangan
2 Noites Vale Danum
3 Noites Semporna
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